A Diretoria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) discutiu hoje na sede da entidade pautas como a incorporação da nova vacina contra a dengue, divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde para 521 municípios no país. Nessa primeira distribuição, os municípios alagoanos não foram contemplados e a vacina QDenga produzida pelo laboratório TAKEDA será distribuída a partir de fevereiro mediante alguns critérios. Durante a reunião foi escolhida de forma consensual -  entre os gestores da saúde - o vice-presidente da 9ª Região da Saúde Bruno Henrique, secretário de Saúde de Palestina.

Nessa primeira etapa serão contemplados apenas municípios do país com maior risco para adoecimento, a exemplo regiões de saúde com os maiores indicadores de hospitalização por dengue. Para tanto, o Ministério da Saúde, definiu entre os critérios os municípios de grande porte (mais de 100 mil habitantes) com alta transmissão de dengue; maior número de casos em 2023 e 2024; e predominância do sorotipo DENV2 (dezembro de 2023).

Vale ressaltar que o Brasil é o primeiro país do mundo a disponibilizar a vacina contra dengue no sistema público de saúde, porém devido a capacidade limitada de produção de vacinas pelo laboratório, foi necessário definir critérios para estratégia de vacinação junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo a apoiadora regional do Cosems-AL, Kathleen Mouram que espôs sobre a temática, o público alvo inicialmente serão as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, sendo duas doses, com intervalo de três meses entre elas.  A Diretoria do Cosems reforçou que, mesmo com a nova estratégia para enfrentamento da doença, os secretários e técnicos municipais da saúde e a população precisam ficar em alerta com ações de enfrentamento do vetor, mosquito Aedes aegypti.

Para o presidente do Cosems-AL, Rodrigo Buarque, a nova tecnologia vem para somar uma vez que Alagoas e outros estados, segundo informações do MS, só devem ser contemplados com a distribuição das vacinas em 2026. “Por isso, não podemos baixar a guarda nas ações de enfretamento da doença. A vacina é um passo importante, mas não podemos abrir mão das outras estratégias de combate ao mosquito, bem como a Vigilância e Manejo Clínico de Arboviroses. A vacinação será uma aliada em conjunto com todas as estratégias no combate à dengue”, reforçou.

Durante a reunião, a secretária executiva Katia Betina apresentou o planejamento das atividades do Cosems-AL para o ano de 2024. O edital de Regulamento da Etapa Estadual para Seleção de Experiências para Oficina Nacional do projeto ImunizaSUS foi outro assunto discutido na reunião. O objetivo é reunir autores de estratégias de fortalecimento das ações de imunização nos territórios municipais, para um diálogo sobre a trajetória de construção e os resultados alcançados por meio desse trabalho.