CIR da 2ª Macrorregião de Saúde alerta para risco iminente do
retorno da poliomielite
Gestores municipais de Saúde da 2ª Macrorregião de Saúde e equipe
técnica do Cosems-AL e da Sesau discutiram hoje na reunião da Comissão
Intergestores Regional (CIR), no auditório da AMA, dentre outras pautas, o
risco iminente do retorno de doenças já erradicadas em Alagoas, a exemplo da
poliomielite e sarampo. Ficou constatado que as vacinas de rotina têm sido
secundarizadas, sobretudo após o surgimento da Covid-19.
A reunião iniciou com a apresentação da proposta preliminar da nova
conformação de Região de Saúde, informando que haverá reunião regional para
olhar cuidadosamente cada caso e avaliar a viabilidade da proposta,
considerando sempre como principal atributo o conforto e a capacidade de
atendimento do usuário.
A secretária executiva do Cosems-AL, Katia Betina, desenhou o
cenário dramático que se avizinha, uma vez que o Estado se encontra diante de
uma bomba-relógio que é o risco do retorno da poliomielite. "Sou de uma
geração de sanitaristas em que na véspera de campanha nacional não se falava em
outra coisa em rádios e TVs e era comum vermos presidente da República e
ministro da Saúde chamando a população para vacinar", reforçou.
A coordenadora da CIR, Lenise Abreu teve poliomielite com 1 ano e 8
meses e contou um pouco do que viveu, no entanto se considera uma pessoa de
sorte, já que sobreviveu e anda sem auxílio, mas compreende as limitações que
havia, já que a mãe dela desconhecia a doença e os sintomas pareciam com uma
gripe forte. "É um absurdo termos vacina e alguém ainda dizer que a vacina
mata e não levar a criança para vacinar. Não podemos ter crianças novamente sem
andar e de cadeira de rodas", destacou.
Outra pauta que aflige os secretários de saúde diz respeito à
Emenda Constitucional nº 120 de 05 de maio de 2022, que trata do novo piso
salarial para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Comunitários de
Endemias (ACE). Vale destacar que os valores atualizados do repasse financeiro
de custeio destas categorias profissionais foram repassados a partir da parcela
7 (paga em julho) e o valor retroativo complementar foi referente a maio e
junho, sendo que o Ministério da Saúde incluiu apenas os agentes com vínculo
direto (efetivos).
Dentre as reflexões tiradas da reunião dessa segunda-feira (25) da
Diretoria Ampliada do Cosems-AL foi recomendada a consulta a Procuradoria Geral
do Município (PGM) sobre a necessidade ou não de lei aprovada na Câmara
Municipal para implantação do piso dos ACS e ACE, cabendo à respectiva PGM se
pronunciar sobre o assunto.
“Os municípios têm até o dia 5 de agosto para corrigir o CNES que
estiver errado, desde que haja a documentação que comprove cada caso corrigido.
“Se não corrigir em tempo hábil, além do prejuízo atual, ainda haverá
comprometimento no recebimento da 13a parcela de repasse”, reforçou Katia
Betina.
Segundo ela, o município que tiver incorreções no cadastro, precisa
fazer a correção do CNEs com urgência devido ao cálculo para o repasse da 13a
parcela se basear nas informações de agosto. Vale lembrar que o repasse pelo
Ministério ocorre dois meses após as correções no CNES.