O Seminário de Saúde Mental promovido pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL)reúne até amanhã (14), no Hotel Maceió Atlantic, na Jatiúca, um público de 400 pessoas entre secretários e técnicos municipais de Saúde, representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), do Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), estudantes e outras instituições envolvidas com a temática.
O presidente do Cosems-AL Rodrigo Buarque destacou que a saúde mental precisa estar inserida no processo de saúde pública, principalmente na Atenção Primária, principal porta de entrada do SUS. O titular do Conselho pontuou a importância deste evento para a capacitação dos profissionais da Saúde e reforçou a necessidade iminente de uma saúde pública regionalizada e qualificada.
A vice-presidente Paula Gomes, gestora da Saúde de Santana do Mundaú, salientou a necessidade do fortalecimento da rede de saúde mental no Estado. "Trabalhamos em rede e se pudermos capacitar a Atenção Básica, poderemos melhorar a saúde mental nos municípios".
De acordo com ela, é relevante pensar em abertura de mais leitos psiquiátricos em hospitais de pequeno porte e também investir na saúde mental do trabalhador do SUS.
Durante a tarde houve a palestra do técnico da Supervisão de Atenção Psicossocial da Secretariade Estado da Saúde (Sesau), Fabiano Leirias, que fez uma Contextualização da rede de saúde mental no Estado e expôs várias nuances da situação das pessoas que ainda vivem nos manicômios e a luta antimanicomial que data desde o século XIX, mas as questões da restrição do indivíduo ao convívio social e familiar, bem como a violação de todos os seus direitos ainda está em voga no atual século.
Leirias mostrou que a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) se propõe a substituir a segregação social dos manicômios.
O diretor do Cosems-AL Ewerton Matias, secretário de Saúde de Murici, foi o mediador das discussões da tarde e afirmou que o Conselho tem sido forte aliado na luta pelo fortalecimento da Raps.
"Somos parte da construção coletiva deste processo e este evento visa impulsionar a política de saúde mental que ocorre nos municípios, sobretudo os de pequeno porte".
A palestra da técnica tambem da Sesau, Denise Quirino, sobre "A Prevenção do Suicídio se dá o ano inteiro" mostrou o poder da escuta daqueles que estão vulneráveis ao suicídio.
"Precisamos falar sobre o suicídio sem medo e não desconsiderar as ameaças de quem diz que vai se matar. Não podemos subestimar o desabafo e desespero, mas oferecer uma escuta acolhedora", advertiu.