Mary Wanderley
O
Brasil é hoje o líder mundial em prevalência da Hanseníase, segundo dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Para discutir o assunto e uma possível
parceria de adesão à Campanha Mundial Não esqueça da Hanseníase, representantes
do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase/MORHAN
Nacional se reuniram com a secretária executiva do Conselho de Secretarias
Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), Katia Betina, a consultora técnica
Edijária Camilo e as apoiadoras regionais Camila Valença e Kathleen Moura.
Segundo
a coordenadora estadual do MORHAN Clodis Tavares, Alagoas
já tem uma alta endemicidade com taxa de detecção de 12 para cada 100 mil
habitantes e vem reduzindo essa taxa nos últimos anos mesmo antes da pandemia. O
coordenador
do MORHAN nacional, Artur Custódio, afirmou que, segundo dados do Ministério da Saúde, esse
declínio se deve a fatores operacionais, haja vista que outros
indicadores são muitos preocupantes, como aumento de casos de
forma multibacilares, crianças adoecendo de Hanseníase e
alto percentual de casos com sequelas. “Esses indicadores nos revelam uma
endemia oculta”, pontua.
O
objetivo da reunião foi solicitar ao Cosems o apoio para que os municípios
alagoanos façam adesão à campanha, sobretudo os com maior endemicidade, a
exemplo de Maceió, Pilar, Rio Largo, Palmeiras dos Índios, Arapiraca, Penedo,
Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, Delmiro Gouveia, Viçosa, União dos Palmares,
Teotônio Vilela, Coruripe, dentre outros. Katia Betina ficou de discutir a proposta
de adesão à campanha com o presidente da entidade, Rodrigo Buarque