A situação da Oncologia da 1ª e 2ª Macrorregiões de Saúde de Alagoas foi uma das principais pautas da primeira reunião do ano da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que ocorreu ontem (5), no auditório do Sindicato dos Médicos, com secretários e técnicos municipais de Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). 

O secretário geral do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) Ednaldo Trajano, gestor da pasta da saúde de Campestre, representou a entidade nas discussões. 

Diante das dificuldades da Rede de Oncologia apontadas pelos gestores e técnicos na CIB, o secretário de Saúde de Maceió, Luis Romero Farias, disse que vai fazer contato com o titular da Sesau, Gustavo Pontes, para apresentar os pontos discutidos na CIB, tais como cofinanciamento, fluxos de atendimento e outros de igual relevância. A temática foi apresentada pelos representantes das Secretarias Municipais de Saúde de Maceió e Arapiraca, Ebeveraldo Amorim e Marinaldo Nogueira. 

O Plano Emergencial de Oncologia foi outro ponto discutido que, segundo o superintendente da Atenção à Saúde da Sesau, Ermi Ferrari, trouxe resultados positivos a exemplo da redução de filas, para corrigir erros de Gestão, bem como aperfeiçoar o trabalho de rastreamento precoce e buscar soluções para melhorar a assistência desde a Atenção Básica à alta complexidade.

Ele reforçou, dentre as medidas que devem ser tomadas a curto prazo, a revisão do Plano Estadual de Oncologia focando na produção e desempenho, sugerindo inclusive o incentivo financeiro para os municípios com melhor desempenho. A secretária executiva do Cosems-AL Katia Betina afirmou que é inviável resolver problemas complexos com soluções simples. 

“Temos uma AB com dificuldades financeiras para fazer o diagnóstico. Precisamos maximizar os recursos que temos e a oferta de atendimento, porque não adianta ter o diagnóstico e o paciente não ter onde ser tratado”. Uma representante do Hospital Universitário pontuou a necessidade iminente da triagem de retaguarda dos pacientes oncológicos e mais investimento para a assistência paliativa. Foram discutidos ainda o Projeto Caravana da Suap: construindo pontes entre Gestão e serviços e o redesenho da Rede de Atenção à  Saúde (Raps) nas RS; foram aprovados o credenciamento/habilitação da Santa Casa de Maceió para a realização de transplante músculo esquelético e habilitação/credenciamento da equipe de transplante; e apresentados os valores da portaria que estabelece recursos para o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, exames complementares e consultas especializadas.